Eu poderia dizer que sou Lilianne, mas se eu fosse Maria, Joana, Paula eu não deixaria de ser quem eu sou. Então percebo que o meu nome menos importa, pois é apenas um constructo social. O que realmente importa é o que está intrínseco em meu ser. Eu poderia dizer que sou uma pessoa meiga, simpática, cabulosa, chata, inteligente... mais isso são atributos que um dia as pessoas me disseram ou quem eu sou realmente? E diante dessa pergunta eu declaro a minha incapacidade e digo que não sei quem eu sou. Utilizamos todos os conhecimentos que temos em mãos e mesmo assim não conseguimos desvendar a esse mistério de "Quem eu sou?" Lacan disse que é no outro que a gente se reconhece. Ele chamou esse reconhecimento de Estádio do Espelho, no qual o Eu é situado no registro do imaginário, juntamente com fenômenos como amor, ódio, agressividade. É o lugar das identificações e das relações duais. Precisamos do outro para saber quem somos?
Uma coisa eu sei. Sou um ser de desejos, sonhos, que ama, que sofre, que senti alegria, tristeza, frustrações e a cada dia descubro um pouco mais de quem eu sou, porque sou uma caixinha de surpresa.
Uma coisa eu sei. Sou um ser de desejos, sonhos, que ama, que sofre, que senti alegria, tristeza, frustrações e a cada dia descubro um pouco mais de quem eu sou, porque sou uma caixinha de surpresa.